Castelo Melhor

Imagem de Castelo Melhor (Autor: Nmmacedo)

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D. José Luís de Vasconcelos e Sousa, 3.º Conde de Castelo Melhor, nasceu em 1636, filho de D. João Rodrigues de Vasconcelos, 2.º Conde de Castelo Melhor, e D. Mariana de Lencastre e Vasconcelos.

História do Castelo Melhor

Nas campanhas de 1658 notabiliza-se nos campos de batalha às ordens do seu pai, durante a Guerra da Restauração da independência contra os espanhóis.

Mas a sua reconhecida inteligência e uma astúcia que sempre o acompanhou, levariam José Luís de Vasconcelos e Sousa a trocar os campos de batalha pelo mundo da alta política.

Em pouco tempo consegue um importante cargo na corte, sendo nomeado pela Rainha D. Luísa de Gusmão gentil-homem da câmara do jovem rei D. Afonso VI.

O herdeiro legítimo do trono de Portugal tinha, no entanto, muito parcas qualidades, facto pelo qual a regência estava nas mãos de sua mãe e ele não governava, de facto, o país.

Castelo Melhor, por seu lado, entendia que Afonso VI deveria assumir definitivamente a governação de Portugal e dá início a uma campanha com esse objectivo. Aproveitando o facto de D. Luísa de Gusmão ter mandado prender e exilar no Brasil António Conti, um italiano amigo de D. Afonso, o Conde de Castelo Melhor organiza uma conspiração que resulta no golpe de estado que deixa, finalmente, nas mãos do rei o destino e a governação de Portugal.

Homens de confiança de Castelo Melhor são colocados em cargos vitais do país de tal forma que o conde, sob a capa do Rei Afonso VI de Portugal e II de Brança, tem nas suas mãos a administração política do país.

D. Luísa, depois de afastada do poder, continua a ser vista com um perigo e como uma forma potencial de instabilidade e é enviada para um convento, enquanto o país treme de medo pela fraqueza do novo governante, sobretudo numa altura em que os espanhóis continuam os seus intentos de invadir de novo Portugal.

No entanto, José Luís de Vasconcelos e Sousa, Conde de Castelo Melhor chama também a si a defesa do país e reúne os melhores estrategas militares, nacionais e estrangeiros, para repelir as investidas do ávido vizinho ibérico.

Castelo Melhor e os seus homens não só evitam que Portugal volte a cair em mãos espanholas. Conseguem mesmo dobrar de tal forma o inimigo que o colocam na evidência de reconhecer o poderio militar português com a possível entrega de alguns dos seus territórios. Castelo Melhor queria a Galiza e os espanhóis, de forma a garantir a paz, estavam dispostos a cedê-la, o que só não viria a acontecer devido às conspirações que fervilhavam na corte portuguesa com o objectivo de afastar Afonso VI e os seus homens de confiança do poder.

A revolta viria mesmo a acontecer, liderada pelo Infante D. Pedro, irmão mais novo de Afonso VI, que avança com o pretexto de essa ser a vontade do senado lisboeta. Afonso VI é afastado e com ele o Conde de Castelo Melhor.

José Luís de Vasconcelos e Sousa abandona o país com destino a França e, mais tarde, a Itália até que, em 1677 fixou residência em Londres. Na capital inglesa ganhou as graças da Rainha D. Catarina de Bragança, mulher de D. Carlos II de Inglaterra e irmã de D. Pedro. De tal forma agradaram os serviços que prestou à rainha que foi autorizado a regressar a Portugal em 1685, indo residir nesta altura para Pombal, onde permaneceu até 1687, ano em que lhe foi permitido voltar a Lisboa.

Antes da sua morte, em 1720, o Conde de Castelo Melhor viria ainda a integrar o Conselho de Estado a convite do monarca D. João V.

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