Vasco da Gama

Vasco da Gama nasceu em Sines a 1468 /69, e faleceu em Cochim, na Índia a 24 de Dezembro de 1524.

O terceiro de seis irmãos, filho de Estêvão da Gama – alcaide-mor de Sines – e Isabel Sodré e neto de um homónimo Vasco da Gama, juiz em Elvas.

Foi um navegador e explorador português durante a Era dos Descobrimentos, destacou-se pelo seu trabalho como comandante dos primeiros navios a navegar directamente da Europa para a Índia.

Já no final da sua vida foi, por pouco tempo, governador da Índia portuguesa com o título de vice-rei.

História de Vasco da Gama

Pouco se conhece sobre a juventude de Vasco da Gama, porém sabe-se que em 1480 foi admitido na Ordem de Santiago, tendo recebido a tonsura. Mais tarde, é mencionado por Garcia de Resende, na Crónica de D. João II, como fidalgo d’el-Rei, posição de todo merecida, tendo em conta os altos serviços prestados, não apenas por si, bem como pelos seus antepassados mais directos.

É na conjugação destes acontecimentos, ao que se deve acrescentar o próprio perfil de Vasco da Gama – principalmente a sua diligência e as suas capacidades de chefia, adequadas ao desempenho de uma missão com contornos políticos, militares, diplomáticos e comerciais bem definidos, que podemos encontrar a explicação da sua nomeação para o comando da primeira armada portuguesa destinada à Índia.

A expedição à Índia foi avante, armando-se uma frota constituída por um navio de transporte de mantimentos, a caravela Bérrio, a nau S. Gabriel – capitaneada por Vasco da Gama – e a nau S. Rafael. Partindo do Restelo em 8 de Julho de 1497, a armada chegou a Calecute quase dez meses depois, em Maio de 1498, não sem dificuldades – designadamente os ventos e correntes do Índico desconhecidas, bem como as ciladas que lhes foram preparadas. Cedo, Vasco da Gama contou com a oposição dos mercadores muçulmanos aí estabelecidos, que o impediram de estabelecer laços diplomático-comerciais pacíficos com o Samorim. Após alguns conflitos, iniciou-se a penosa viagem de retorno a Lisboa em Agosto de 1498, chegando apenas em fins de Agosto ou inícios de Setembro de 1499.

Vasco da Gama (Autor: Imagem em domínio público)

Vasco da Gama (Autor: Imagem em domínio público)

A viagem inaugural daquilo que viria a ser conhecido como a «Carreira da Índia», abriu uma rota directa entre a Europa e o Oriente e proporcionou a Vasco da Gama inúmeros benefícios: o Rei D. Manuel, agradecido emite um alvará (24 de Dezembro de 1499) onde lhe promete doar Sines, contudo apenas se obtivesse a aprovação do Papa e de D. Jorge, algo que nunca se verificou; a 10 de Janeiro seguinte é-lhe conferido o direito a usar o título de Dom; é nomeado Almirante do Mar da Índia, com as mesmas honras, rendas e privilégios inerentes ao de Almirante de Portugal.

Entretanto, Vasco da Gama casa com Catarina da Silva, filha do alcaide de Alvor, com quem teve sete filhos. Em 1502 inicia a sua segunda viagem ao Oriente. Ao longo dos anos seguintes foi acumulando inúmeras posses, continuamente confirmadas por D. Manuel e D. João III.

Em 1503, é expulso de Sines pelo Mestre de Santiago, estando proibido de entrar na vila sem sua autorização prévia; renunciou as suas terras e serviços, e fixou-se em Évora, de onde parte, em 1515, para Nisa.

No ano de 1519, Vasco da Gama foi mencionado primeiro Conde da Vidigueira pelo rei D. Manuel I, após uma permuta com D. Jaime I – Duque de Bragança, que a 4 de Novembro lhe cedeu as vilas da Vidigueira e Vila de Frades, bem como todos os rendimentos e privilégios relacionados, sendo o primeiro Conde português sem sangue real.

A 27 de Fevereiro de 1524, é nomeado sexto governador do Estado Português da Índia, parte pela terceira vez para o Oriente, a comando de uma poderosa armada com três mil homens, com o objectivo expresso de solidificar a presença portuguesa na Índia. Contudo, o seu governo duraria apenas três meses, pelo que não chegou a tomar medidas mais significativas. Faleceu em Cochim, na véspera de Natal de 1524, tendo aí sido primeiramente enterrado, só mais tarde foi trasladado para a terra de onde partira e sepultado na capela da Vidigueira. Os seus restos mortais foram, por fim, depositados na Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Belém, em Lisboa, em 1880, onde repousam até hoje.

Imagens de Vasco da Gama

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