A Villa Romana do Alto da Cidreira foi descoberta aquando da realização de alguns trabalhos arqueológicos e consiste num aqueduto romano e numa cabana datada do terceiro milénio a.C. O aqueduto romano descoberto, apresenta-se com um comprimento de quarenta e seis metros, uma largura de sessenta centímetros e ainda uma caixa de decantação que em tempos foi escavada num bloco de arenito de grandes dimensões e que foi posteriormente revestida com opus signinum. Pensa-se que o citado aqueduto fazia o fornecimento de água ao complexo industrial de uma tinturaria que se situa a uma curta distância. Esta caixa apresenta-se ainda em boas condições de preservação e percebe-se que a sua edificação se deu em duas fases.
Aquando da realização dos trabalhos de escavação do aqueduto foi descoberta uma cabana tipo abrigo. Apenas se conseguiu descobrir uma parte dos muros, mas pensa-se que esta tinha sido construída segundo uma planta elipsoidal. Uma estrutura que havia sido arquitetada com pedras de diferentes dimensões e que apresenta junto de uma parede a norte, uma lareira. As paredes apresentam-se lisas, mas foram encontrados alguns utensílios como vasos e caçoilas. Ao analisar tudo o que foi encontrado pode-se dizer que esta se encontra numa época de transição entre o Calcolítico final e o Bronze inicial.
No ano de 1889, alguém pela primeira vez fala desta vila, sendo Francisco Paula e Oliveira quem a ela se referiu. Em 1915, Félix Pereira visita o local e descobre que já ali haviam sido feitas algumas escavações sendo mais tarde descobertos três tanques revestidos. Estes tanques foram parcialmente destruídos na década de sessenta aquando da construção de algumas moradias. Em 2007 é feita uma proposta para definir aquela zona como Zona Especial de Proteção e em 2008 o DRCLVTejo dá o seu parecer favorável à proposta de edilidade da zona. Em 1992 passa a ser considerada como Imóvel de Interesse Público.